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terça-feira, março 01, 2011

Ainda assim vou orar

DANIEL 6:1-28 
Luiz César Nunes de Araujo
Certamente todos nós aqui sabemos do valor da . É por isso que oramos. No entanto não é um exercício espiritual fácil de ser praticado. Temos os inimigos da : o cansaço físico, o sono, a preguiça mental, a dificuldade de concentração, os sons do mundo, as tarefas cotidianas, a falta de fé no que Deus pode fazer, etc. Não é fácil reservar tempo para , mas é preciso fazê-lo.

O texto de Daniel 6 nos apresenta um homem acostumado à (v. 10). Por causa de sua comunhão com Deus e sua vida era íntegra (v. 4), e próspera (v. 2 e 3). A fim de derrotá-lo os seus inimigos resolveram atingi-lo no centro de sua força: na sua vida de . É preciso ver aqui a artimanha de Satanás, inimigo da . Ele sabe que a é a fonte de vigor espiritual dos filhos de Deus. Se o inimigo destruir a vida de de uma pessoa então ele não precisa fazer mais nada.

Se cada um de nós averiguar o tempo em que mais fracos estivemos espiritualmente; o tempo em que cedemos mais espaço ao pecado, concordaremos que foi em tempo de pouca ou nenhuma .

“Satanás balança o berço quando dormimos em nossas orações” – Joseph Hill.

Daniel entendeu, no entanto que mesmo que haja um imperativo para não orar; mesmo que orar signifique um sacrifício, Ele ainda assim iria orar. Nenhum homem é maior que a sua vida de e Daniel sabia disso.

Nós devemos orar mesmo que todas as forças, naturais e sobrenaturais, tentem nos desestimular. Ainda que com lutas devemos orar. Eis alguns motivos sugeridos pelo texto:

I – A ORAÇÃO NOS FAZ PESSOAS MELHORES

• Em Daniel havia um “espírito excelente” (v. 3).
• O nosso espírito se refina em contato com o espírito de Deus. Eles se comunicam:

“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm. 8:16).

O Espírito Santo auxilia o nosso espírito em (Rm. 8:26).

Essa comunhão deliciosa de nossa alma com a luz molda o nosso caráter. Daniel era de uma vida lindíssima (v. 4).

e vida santa são uma coisa só… A ausência de uma significa a ausência de outra” E. M. Bounds.

fará o homem parar de pecar, ou o pecado o seduzirá a parar de orar” – John Bunyan.

“Abandone o quarto secreto, e sua vida entrará em declínie” – Isaac Watts.

“Quem ora bem vive bem”. – M. Lutero.

Que o nosso caráter, seja moldado pela constância em e não por fatores externos.

II – A ORAÇÃO NOS FAZ CONFIAR MAIS NO SENHOR

O verso 10 nos mostra que Daniel teme mais a Deus do que aos homens: ainda assim vou orar, dizia ele. Ele confia no Senhor. Os reinos passam, pensava Ele, mas o Senhor é eterno. 

Quem ora mais confia mais no Senhor, assim como vamos confiando mais em uma pessoa após um tempo gasto com ela. Não confiamos em estranhos, mas em amigos. À medida em que oramos criamos uma amizade com Deus e aprendemos a confiar Nele. Paulo dizia: 

“Porque eu sei em quem tenho crido” (2 Tm. 1:12). À medida em que oramos mais a nossa fé aumenta também. Em um tempo em que tem se tornado comum os crentes procurarem auxílio terapêutico em profissionais, devemos redescobrir o segredo de depositar aos pés de Cristo o nosso fardo. Jesus nos convida a ir a Ele primeiramente, não aos homens (Mt. 11:28-30).

“O tempo gasto de joelhos em fará mais para remediar as dores do coração e a tensão nervosa de que qualquer outra coisa” – George D. Stewart.

Devemos neste momento refletir também sobre a benção que é orar por outra pessoa. A intercessão ajuda-nos a confiar, conjuntamente, no Senhor.

Quem orar com mais intensidade e constância terá mais vitória sobre as preocupações comuns (Fl. 4:6, 7).

III – A ORAÇÃO ATRAI O PODER DE DEUS

Daniel, por causa de sua vida de , está agora na cova dos Leões. Ele está em perigo de morte e não pode fazer nada. Todo o seu esforço agora é em vão (v. 16, 17).

Em algum tempo Deus parece não ouvir a nossa . Ou então achamos que Ele está demorando demais para agir. Em nossa limitação não entendemos o modo de Deus agir. No entanto a história tem demonstrado que quando Deus, na sua soberania, quer agir, nada lhe é impossível. Ele enviou os seus anjos a fechar a boca dos leões. O que para o Rei era um a possibilidade (v. 20) para Daniel era uma realidade.

Vejo tanto simbolismo entre estes “leões” citados por Daniel e o nosso adversário que ruge como leão procurando alguém para tragar (1 Pe. 5:8). Deus ainda fecha a boca dos leões. 

Jesus é o mais valente (Lc. 11:22). Os anjos ainda estão em ação (Hb. 1:4). O nosso pecado é que impede que Deus opere mais milagres em nossa vida (Is. 59:2). A é uma porta aberta para a ação de Deus. “Deus governa o mundo por meio das orações dos santos” – Andrew Murray.

CONCLUSÃO – Ainda que com dificuldades, com lutas, com fraqueza, aprendamos a orar. 

Que a seja para nós um hábito diário. Que experimentemos o poder de Deus através deste canal que é a . Que nos identifiquemos com o Senhor Jesus, que preferia a às multidões (Mt. 14:22, 23), que dava o melhor do seu tempo para estar com Deus. Desliguemos o rádio, a TV, o computador, o celular, entremos no lugar secreto e mantenhamos uma comunhão com Deus. Há recompensas (Mt. 5:6).


Fonte:SERMÃO

Mantida condenação de prefeitura que não fornecia equipamentos de proteção individual

O trabalhador era funcionário do Município de Avaí, em São Paulo, desde 11 de julho de 2001 e, além de operador de máquinas (tratorista), também trabalhava com serra elétrica, esmeril, lixadeiras e furadeiras, desempenhando, ainda, a função de soldador e mecânico de caminhões, automóveis, trator e máquinas. Em 4 de fevereiro de 2005, enquanto manuseava o esmeril, sem o uso de nenhum tipo de equipamento de proteção, o que era a praxe no local de trabalho, o trabalhador se feriu, atingido por uma "faísca produzida pelo esmeril", o que lhe acarretou a perda da visão num dos olhos. Atualmente, ele se encontra na fila para transplante de córnea. Também sofre de redução da capacidade auditiva.

Em ação trabalhista na 1ª Vara do Trabalho de Bauru, o perito do juízo constatou e concluiu que, "em visita ao reclamado, verificou a falta de EPIs [equipamentos de proteção individual] de todos os tipos, com riscos de acidente muito nítidos". Além disso, o perito também constatou que "há risco físico (ruído), ergonômico, químico e de acidente nas atividades desenvolvidas pelo autor no reclamado". Portanto, concluiu "que existe nexo causal entre a atividade desenvolvida pelo reclamante e a lesão ocular, bem como há nexo com a lesão auditiva".

O município tentou se defender e, apesar das "provas produzidas, a comprovação da lesão ocular e auditiva por culpa do empregador, por omissão", a defesa do reclamado se baseou no argumento de que "em nenhum momento restou comprovado o alegado dano moral sofrido pelo reclamante, que não pode ser presumido". No entanto, para o relator do acórdão da 3ª Câmara do TRT da 15ª, desembargador Edmundo Fraga Lopes, o município cometeu um "despautério". O magistrado acrescentou ainda que "só há que se lamentar de tais argumentos, cujo escopo é nitidamente protelatório".

Assim, o acórdão manteve a indenização por danos morais arbitrada pelo juízo de origem, no valor de 40 vezes o último salário do reclamante, que era de R$ 417,56.

Manteve, também, a indenização material deferida "em face da redução da capacidade laborativa, considerando a culpa da recorrente no acidente ocorrido e a presumível estagnação profissional imposta ao trabalhador, mercê da redução da sua capacidade laboral".